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terça-feira, 22 de outubro de 2013

PARA ANP, RESULTADO DO LEILÃO DE LIBRA FOI UM SUCESSO.

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse que um sucesso maior do que o registrado nesta segund-afeira, 21, no leilão de Libra "é difícil de imaginar".

"O que aconteceu foi um sucesso absoluto que terá como resultado para o governo brasileiro um montante de R$ 1 trilhão ao longo do período de concessão", disse. Magda ressaltou que as cinco empresas que fazem parte do consórcio vencedor estão entre as maiores do mundo.

O único representante da chinesa CNOOC no leilão, Xei Ming, deixou o local sem falar com a imprensa alegando ter restrições da área de Relações com Investidores da petroleira. Ming, que chegou no domingo da China, preferiu não revelar o cargo que ocupa na CNOOC.

 As chinesas tiveram participação minoritária e ficaram ao todo com 20% de participação no grupo que explorará a área, cujas reservas estimadas estão entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo. Cada estatal chinesa ficou com participação de 10% do consórcio. A Petrobras ficou com 10%, porcentual que se soma à participação mínima de 30% prevista inicialmente. Com isso, a estatal terá 40% de participação no grupo. A Shell e a Total, cada uma com 20% de participação respectivamente, completam o grupo vencedor. Ao todo, onze empresas estavam habilitadas para o certame.  Já o presidente da Shell Brasil, André Araújo, disse estar "bem satisfeito" com a aquisição de participação na área de Libra. O executivo disse ser uma grande área e que a Shell poderá contribuir com o consórcio com sua experiência na exploração em águas profundas. Conforme Araújo, a ideia de parceria já estava em gestação "há algum tempo".

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima que a exploração da área de Libra irá gerar R$ 300 bilhões em pagamento de royalties durante os próximos 30 anos. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, lembrou que 75% desse montante será destinado a investimentos em educação. Os 25% restantes serão destinados à saúde.

Além dos recursos a serem captados pelo governo federal com royalties, outros R$ 600 bilhões serão incorporados pelo governo federal via cálculo de óleo-lucro. A proposta apresentada pelo consórcio formado por Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC foi de 41,65% do óleo-lucro, exatamente o porcentual mínimo estabelecido no edital do leilão.

Nada muda
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o resultado do leilão de Libra é um bom começo para os próximos leilões de áreas do pré-sal no Brasil. Ele destacou a solidez das empresas que participaram do único consórcio que apresentou proposta na licitação.

Segundo Lobão, o resultado sem ágio não trouxe frustração para o governo, que irá receber um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões pela área de Libra.

Proposta únicaCinco empresas ganharam o leilão do pré-sal nesta segunda-feira (21/10). Consórcio formado por Petrobras (10%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%), arremata o primeiro leilão de pré-sal em regime de partilha, na área de Libra ofertando o mínimo de 41,65% de óleo-lucro.

Total E&P 
O diretor-geral da Total E&P do Brasil, Denis Besset, afirmou que o principal dos investimentos na exploração da área de Libra, no pré-sal, não virão antes de 2018 e 2019. "Esse é um projeto de longo prazo. Um prazo estratégico para nós é o longo prazo", afirmou o executivo.

Para 2014, a Total prevê investir US$ 300 milhões no país, mas esse valor não inclui os investimentos iniciais em Libra. O executivo deixou claro que a intenção do consórcio é a de desenvolver rapidamente Libra. "A partir de amanhã, já vamos começar a trabalhar para desenvolver a área o mais rapidamente", afirmou o executivo, que se disse bastante feliz com o sucesso do consórcio da Total na concorrência pela área.

O executivo reconheceu que, atualmente, o grande desafio de Libra é técnico, tendo em vista a distância em relação ao continente e a significativa profundidade do reservatório. Ainda assim, o executivo se mostrou bastante otimista do sucesso do consórcio em desenvolver o projeto. "Não poderíamos imaginar tanta expertise técnica dentro de um só consórcio", disse Besset, em referência a presença da Petrobras, da Shell e da própria Total no grupo. 

Fonte: Época negócios (21/10/13)

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